A ex-aluna do Colégio Rio Branco, Mariangela Hungria, recebeu, em cerimônia realizada no dia 13 de outubro, a outorga de Eminente Engenheira do Ano 2025, concedida pelo Instituto de Engenharia. A homenagem integrou as comemorações pelos 109 anos de história da instituição.
Para prestigiar a ex-aluna, estiveram presentes o superintendente da Fundação de Rotarianos de São Paulo, Marco Rossi, e a diretora-geral do Colégio Rio Branco, Esther Carvalho, que acompanharam a entrega da outorga e celebraram o reconhecimento à trajetória de Mariangela.
Pesquisadora da Embrapa Soja e referência mundial em agricultura sustentável, Mariangela foi também a grande vencedora do World Food Prize 2025, o mais importante prêmio internacional na área de agricultura e segurança alimentar, conhecido como o “Nobel da Agricultura”.
Especialista no desenvolvimento de tecnologias em microbiologia do solo, Mariangela tem contribuído para a transformação da agricultura brasileira, mitigando os impactos ambientais. Somente em 2024, sua tecnologia evitou a emissão de mais de 230 milhões de toneladas de CO2 equivalentes. Com mais de 40 anos de carreira, ela mantém colaborações com instituições internacionais e segue contribuindo para uma agricultura mais eficiente e sustentável.
"Existiam outros países do mundo, outros pesquisadores, que estudavam o papel dos biológicos em pequena escala, tipo agricultura familiar ou agricultura orgânica. E eu sabia que no Brasil não podia ser assim. Eu tinha que achar micro-organismos que ajudassem as pessoas. Substituir parcial ou totalmente os químicos para uma agricultura altamente produtiva, porque eu queria alcançar a agricultura do Brasil. Acredito que isso contribuiu para o reconhecimento do prêmio, eu não queria uma coisa pequena. Eu queria algo que fosse para todos os agricultores, do pequenininho até o grande, para todos os tipos de agricultura", explicou Mariangela.
Engenheira agrônoma e microbiologista, riobranquina da turma de 1975, Mariangela Hungria destaca o papel do Colégio Rio Branco em sua formação pessoal e acadêmica, reconhecendo a escola como parte essencial de sua trajetória.
"Sou eternamente grata ao Colégio Rio Branco. Porque além da formação acadêmica, que foi maravilhosa, houve a formação humana, o respeito que era cultivado nas crianças, nos adolescentes, a solidariedade, o pensamento voltado para o coletivo. Isso ficou em mim. E eu vejo que hoje, tudo que eu faço, tem um pezinho lá atrás, no que eu aprendi ali. É uma escola que marcou a minha vida profundamente. E eu falo isso com muito amor. O Colégio Rio Branco me deu base, me deu força, me deu oportunidade. Me acolheu. E, às vezes, a gente não tem ideia do impacto disso na vida de uma pessoa", destacou a riobranquina.
O Colégio Rio Branco se orgulha em acompanhar o sucesso de sua ex-aluna e celebrar mais essa conquista que leva a ciência brasileira para o mundo.
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