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Livro Comemorativo dos 70 anos da Fundação de Rotarianos de São Paulo - Uma história de ideias e ideais

68 era diferente e buscava outras prioridades”, relembra Ligeia Stivanin, destacando que isso, de modo algum, significava uma ruptura com a tradição e a linha seguida pelo Colégio. Além de todas essas novidades em um período relativamente curto de tempo, a Unidade Granja Vianna ainda tinha espaço de sobra para manter as atividades do já tradicionalíssimo Lar Escola Rotary e para outros planos que pudessem vir. Enquanto isso, amparado pela força da sua tradição e qualidade de ensino, aliada às instalações que estavam em constante modernização, o Rio Branco de Higienópolis mantinha se em posição destacada. Diretora geral do Colégio Rio Branco, Esther de Almeida Pimentel Mendes Carvalho – que foi aluna entre 1976 e 1981, quando concluiu o Colegial – mostra em seu depoimento o que a instituição significava então para os que a frequentavam: “Entrei aos 13 anos, na 6ª série. Aqui encontrei meus amigos e toda a condição de desenvolvimento cultural, além dos próprios conteúdos. Tive verdadeiros mestres, como Valdir Fernandes, que foi minha referência de professor, e o professor Primo Páscoli Melaré, excelente com a Literatura”. A administração da Fundação também se modernizava e um dos resultados práticos desse processo foi a substancial reforma do Estatuto aprovada em 1984. Os órgãos dirigentes passaram a ser três. O primeiro deles era a Diretoria, que passou a ser composta por sete membros, representando os Rotary Clubs mais antigos da cidade Emilia Ferreiro e a alfabetização A partir dos anos 1980, a psicolinguista argentina Emilia Ferreiro tornou-se uma referência fundamental sobre o tema da alfabetização. Discípula de Jean Piaget, ela colocou em xeque os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita. Criticando as cartilhas que tornavam a criança um simples receptor passivo, que deveria apenas repetir e memorizar, Emilia destacou que ela tem um papel ativo na aprendizagem. Segundo os seus estudos, no processo de alfabetização, as crianças partem de conhecimentos que já têm e constroem, cada uma em seu próprio ritmo, seu entendimento sobre o funcionamento da língua escrita.


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