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Livro Comemorativo dos 70 anos da Fundação de Rotarianos de São Paulo - Uma história de ideias e ideais

árduo, mas sempre feito com muito capricho e responsabilidade. “Chegamos a ter 1.200 alunos por ano no Primário. E, sem a tecnologia atual, todos os registros de matrícula eram feitos em livros, manualmente. As provas eram datilografadas e copiadas no mimeógrafo a álcool”, conta. Os tempos eram outros não apenas em relação à tecnologia, mas também aos hábitos e ao comportamento. Maria Olívia recorda que os professores davam aula de terno e gravata e que, no Primário, só havia mulheres lecionando. “Mas há muitas coisas que já estavam presentes naquela época e que permanecem, como o objetivo de formar alunos que sejam líderes e bons cidadãos”, destaca. Um fato curioso dessa época, acentuado com a mudança para a Avenida Higienópolis, foi a forte presença de alunos da colônia judaica. A reputação do Rio Branco e o seu perfil de colégio laico atraíam esse público, que em grande número habitava o bairro. Se o Colégio Rio Branco ganhava nova casa – mais condizente com o seu prestígio, no dizer de Marcos Paulo Salles, fortalecia-se ao mesmo tempo a atuação da Fundação, que também tinha agora uma sede à altura de sua importância. Como lembrou o senador José Ermírio de Moraes em seu discurso na cerimônia de inauguração do Edifício Rotary, essa ação ia muito além do Colégio, com o desenvolvimento de um trabalho social e educacional muito relevante no Lar Escola Rotary, onde o número de beneficiários crescia a olhos vistos: “no km 24 da Via Raposo Tavares também a nossa instituição está presente, levando o seu auxílio a cerca de 500 crianças, dando instrução e uma profissão útil aos filhos daquela região agrícola, para que possam não somente melhorar o seu nível de vida, mas também ensinar seus pais a terem conhecimentos mais exatos da vida rural moderna”. Os irmãos Niso e Genuino Vianna haviam deixado de fazer parte da administração no final dos anos 1950, considerando-a consolidada. Mas os propósitos que os levaram a criar a instituição estavam mantidos e ela ganhava novo impulso, com a construção de novos prédios e o crescimento do número de alunos. Os diferentes Rotary Clubs que se formaram em São Paulo aportavam valiosa colaboração, amplificada com a criação de um sistema de apadrinhamento – ideia de Ignácio Abdulkader, do Senador José Ermírio de Moraes e Paulo Reis de Magalhães Senator José Ermírio de Moraes and Paulo Reis de Magalhães


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